"Sentir tudo de todas as maneiras, viver tudo de todos os lados". A minha despersonalização é um processo inacabado, tentando compreender a totalidade do real... Eu sou todos os outros. Amargura do que nunca serei? "Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada". Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos. Certamente, Fernando Pessoa me entenderia. Se fisicamente é impossível desdobrar-se em mais de uma, a escrita, a música, a dramaturgia e a fotografia possibilita percorrer vários caminhos, selar novos destinos, ter outras concepções de paraíso. Não conhecer em si próprio personalidade alguma, Álvaro. Não ser nada, ser uma figura de romance. Um sonho num transe. Cansaço da própria imaginação, cada vez menos perto de mim... Para adiar o universo inteiro, adeus rainha das fadas, um tipo de Morgana enfeitiçada. Preciso de verdade e de aspirina.
sábado, 12 de julho de 2008
constipação
Postado por June às 20:43
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