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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

existencialismo












"Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer." - Sartre

A melhor aula de Ciência Política ever. Última aula do curso. Vou sentir saudades. Uma das únicas aulas que realmente me empolgavam. E as últimas palavras ditas pelo professor hoje vão ficar na memória para sempre.
Já sabemos que a propriedade privada é o inferno. Já sabemos que as relações humanas a partir do surgimento do capitalismo são relações determinadas por fatores econômicos. Investigamos Karl Marx, vimos como é equivocada a visão que a maioria das pessoas tem sobre a teoria marxista. Descobrimos Pachukanis e sua função social do Direito. E hoje, um gostinho do existencialismo de Sartre & Marcuse.
Disse que ao sairmos por aquela porta, encontraríamos uma realidade esmagadora. Disse ainda mais, que tínhamos dois caminhos a escolher. Esquecer tudo o que nos foi mostrado, esquecer que somos explorados e conformados, esquecer os podres do capitalismo que aprendemos e continuar vivendo a mesma vida hipócrita de sempre, sempre insatisfeitos, sempre querendo mais dinheiro, mais poder, mais, mais, mais. Ou aceitar o desconforto e fazer o melhor que pudermos de nossas vidas, visando sermos boas pessoas em relação aos outros, em relação ao resto do mundo e com nós mesmos, frear esse egoísmo, essa crescente individualização. Porque para esses filósofos existencialistas, o que justifica a nossa existência, enquanto seres finitos, é aquilo que podemos perpertuar, eternizar: a política, para Sartre e a arte, para Marcuse. Política & arte. A riqueza se esgota, a sabedoria não.
Fiquei pensando sobre essa aula o resto do dia. Que porra nós estamos fazendo da nossa vida?

Sim, esse assunto já foi falado aqui. E eu sempre volto nele. Porque eu não canso de questionar. Porque eu não tenho medo do desconforto que isso causa. Porque eu tento fazer a minha parte. Porque eu odeio injustiças. Porque eu acredito em igualdade. Na verdade, isso nem precisa ser explicado, apenas sentido. Como disse Che Guevara: DEVO DIZER, CORRENDO O RISCO DE PARECER RIDÍCULO, QUE O VERDADEIRO REVOLUCIONÁRIO É MOVIDO POR UM GRANDE SENTIMENTO DE AMOR....

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa nati

incrivel como que nós temos raiva de tantas coisas e, sem querer, por alienação, motivos que fazem o cpitalismo funcionar, não temos raivas de nossos 'líderes'. incrivel como as pessoas se mobilizam com um caso que está nas manchetes: ELOA, NARDONI, MENSALÃO, AEROPORTO. mas nunca se rebelam, porque saem das manchetes! caem no esquecimento. e pior: se conformam. porra de individualismo! vivem num mundo de cordialidade. e a indignação, a raiva com aqueles que não fazem NADA ganham trilhões e não ACABAM COM A FOME! eu nunca mais vou ser feliz. NÃO! vou sim. pq depois de ontem eu sinto que a minha individualização me tornará um alguém horrível. tentarei ser o meu melhor.


nati, flor do meu jardim, te amo. ♥.

Jana Lauxen disse...

Massa o texto.
Mas acredite, querida: se você não se conforma, o mundo ainda pode mudar.

Beijoca
:)