Já estamos na primavera, Bandini. E o que temos feito, Arturo Bandini? Ainda sentimos os estragos causados pelo terremoto em Long Beach? Sim, ainda há feridas. Creio que elas sempre existirão. Mas sempre há um jeito de camuflá-las, escondê-las. Às vezes elas machucam, mas já não doem como antes. Amortecidas, adormecidas. Não há linhas retilíneas. Não sabemos quem somos, mas acho que sabemos o que não queremos ser. Não sejamos hipócritas, caro Bandini. Foda-se tudo isso, aquilo e o resto do mundo, somos escritores, somos escritores. ESCRITORES. Nossa vida é feita a partir de coisas intensas, tanto boas quanto ruins, felizes e tristes, por vezes, dolorosas, outras insanas, desvirtuosas. Estamos no caminho certo? Não existe certo ou errado para nós, meu caro. Bunker Hill nos espera, Bunker Hill nos espera. Enquanto isso, vamos nos perdendo pelas ruas sujas com nossa tosca literatura...
Meg, amo você garota.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
writer
Postado por June às 08:14
Marcadores: miscelâneas
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3 comentários:
já dizia José Saramago "somos todos escritores. só que uns escrevem, outros não"
se perder entre as palavras é uma delicia, por muitas vezes louca e assustadora, mas sempre uma delicia!
e esse calor primaveril, não faz sentido, o sentido é tirar a roupa e corres pelada pela casa, dançar, gritar, saltar.. viver! e só.
o resto a gente inventa.
ai andei sumida e com saudade de suas palavras, chará querida!
;*
Muito bom. Esse é um texto seu ou de algum livro do Fante? gostei muito...
Meu ;)
Uma pequena conversa com o alter ego do Fante...
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